deve haver outros fervores otimistas
desses arrebatamentos de uma fé inesperada
desesperada e ingênua mas capaz de acender luzes
e perfumar teu entorno de lavanda de outras vidas
de vida passada a limpo no medo do mal de agora
da hora dos vultos fátuos de sombras e sons dispersos
que clamo que me conduzam prum reino de homens alegres
de risos de rostos jovens de sol e algumas canções
que expulsem rancores foscos das velhas casas de infância
bruxa de joão e maria em luxúrias mais que em doces
de homens tão solitários como és em teu segredo
de fadas, fatos e fodas e trilhas de vãs migalhas
que corvos escabelados comeram só por deboche
cravando teus pés a estrada de teus passos movediços
e às épicas cenas pobres de memória empoeirada
encenadas com vergonha em tom de calamidade
e teu olhar desconfiado pro falso poema-ato
já farto de alguns pavores prefere escutar aplausos
e ao invés de meus sussurros e lamentos carpideiros
meus gritos de bis e bravos e o orgulho de tê-lo ao lado
Cado Selbach
quarta-feira, 11 de março de 2009
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2 comentários:
Sou sua fã Cado.
vc é imensurável.
sua escrita nos dá pista.
É, Cado... de novo estou aqui encantado com tua poesia...
"meus gritos de bis e bravos e o orgulho de tê-lo" por perto, de tê-lo lido, de participar do mesmo barraco...
Abraço!
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